A Beerpass nasceu inovando e hoje alia tecnologia e atendimento para ajudar empreendedores a tirarem ideias do papel
Sete anos não são sete dias. Durante toda sua trajetória, a Beerpass tem crescido, conquista espaço e se consolidado no mercado cervejeiro e do autosserviço de chopp. Mas, o que está por trás do elo criado entre a startup, que iniciou lá em 2018, e os mais de 500 bares e cervejarias que ela atende?
Inovação, soluções disruptivas e claro... um olhar atento as necessidades do cliente.
Entenda como, durante esses 7 anos, a Beerpass tem viabilizado negócios e quebrado paradigmas sobre o uso do autosserviço em bares.
O setor cervejeiro passou por vários momentos desde que Alexandre Flores, sócio fundador da Beerpass, iniciou essa trajetória.
De 2016 para 2019, segundo o Anuário do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), o Brasil foi de 493 para 1209 cervejarias registradas. Ao longo dos anos estes números foram se estabilizando. Houve um crescimento, mas em um ritmo bem mais moderado.
“Quando estávamos iniciando, passamos por um ‘boom’ no crescimento de cervejarias. Com certeza esse período foi muito marcante, principalmente por conta desse fortalecimento das produções artesanais. Os consumidores pediam por novos rótulos, queriam experimentar estilos diferentes e se interessavam cada vez mais pela cultura cervejeira”, disse Flores.
Segundo sua análise, em contrapartida, houve uma resposta das grandes cervejarias para atender essa demanda. Grandes corporações começaram a incluir marcas de fora e comprar as artesanais que cresciam nessa onda.
“Com isso, criou-se uma confusão entre os consumidores. Era difícil entender o que era artesanal, de fato, e o que era marca de fora”, explica.
E então, passando pela pandemia da Covid-19 e por essa movimentação de mercado, veio, naturalmente, uma consolidação.
“Neste período algumas microcervejarias fecharam, outras se mantiveram e se consolidaram. E agora sinto que estamos em uma etapa onde há um crescimento mais sustentável, onde os negócios estão conseguindo fazer um resultado com margens melhores”, analisa Flores. Atualmente, são 1949 cervejarias registradas no país.
O autosserviço de chopp passou por alguns “perrengues” dentro do mercado nacional. Alexandre compartilhou que no início, o principal problema era, de fato, convencer os donos de bares de que seria uma boa ideia implementar a solução.
“Já existiam soluções de autosserviço no Brasil, mas era ainda uma fase inicial. Então, havia muitas barreiras. A gente tinha que convencer o dono do bar de que a Beerpass seria bom para o negócio dele, que o cliente dele ia gostar de usar o serviço”, conta.
Mas, com o tempo, o mercado foi amadurecendo. “Hoje é difícil alguém vir falar com a gente e dizer que não conhece a solução. As pessoas já conhecem e já usaram nosso sistema, inclusive. Então, atualmente, a conversa é outra.”
O primeiro cliente da Beerpass foi a Van Tap, de Criciúma. Lá no começo o projeto tinha uma necessidade de utilizar o autosserviço de forma pós-paga.
“O que se conhecia de autosserviço de chopp era o consumo com o cartão a partir da recarga de créditos, ou seja, o pré-pago. Mas, atendendo essa necessidade a gente fez o sistema pós-pago e isso já foi uma inovação”, compartilhou Alexandre.
Depois, outro grande marco foi a possibilidade de usar duas torneiras com um só módulo. O resultado foi a diminuição dos custos para implementar o serviço, para os donos de bares.
Com o tempo desenvolveram o 4TV, que é o módulo que permite com que o empreendedor utilize qualquer tamanho de tela.
“O 4TV chegou no mercado e virou tendência. Ele criou essa possibilidade de ter um impacto visual, onde o cliente poderia colocar a tela que quisesse.”
Em seguida, a equipe de desenvolvedores da Beerpass conseguiu incluir na solução a possibilidade de instalar até quatro torneiras por módulo, o que deixou o produto ainda mais acessível.
E agora, o mais recente produto, o módulo Smart.
“O Smart veio realmente para ficar. Ele não substitui o 4TV, mas complementa. A solução supriu uma demanda do mercado dos negócios 24h, dos eventos, do pagamento direto no módulo, sem necessidade de cadastro”, afirma.
A tecnologia uniu, de forma inteligente, o autosserviço de chopp com as máquinas de cartão. Com isso o cliente paga direto na máquina, por débito, crédito ou pix.
Mas, Alexandre faz uma reflexão: “Percebemos que, para além do produto em si, o atendimento da Beerpass é muito valorizado. Muitos clientes nos procuram justamente pelo acompanhamento que oferecemos desde antes da inauguração até o pós, quando seguimos ao lado do bar para que ele, de fato, seja um sucesso.”
Esse cuidado, segundo Flores, tem criado um vínculo de confiança e uma verdadeira comunidade em torno do trabalho realizado.
“Muitas pessoas chegam até nós por indicação. Isso nos deixa muito felizes, porque mostra que estamos no caminho certo”, conta.
“E para o futuro queremos seguir com esse papel que eu acredito que a Beerpass tem de incentivar o consumo do chopp de qualidade, da bebida no barril, que é muito mais sustentável, e de fortalecer os donos de bares e cervejarias a tirarem suas ideias do papel com a ajuda da tecnologia”, conclui.
